segunda-feira, 26 de outubro de 2009

3º Ano - Dom Hermeto - Aula do dia 27/10

3º Ano - Dom Hermeto - Aula do dia 27/10 - Cap. 86 - Revoltas Tenentistas - Governo provisório e governo constitucional de Vargas.


Instabilidade:
Década de 20 do século XX – instabilidade política
Por quê?
As oligarquias paulistas e mineiras se revezavam no poder desde 1894 (situação que perdurou até 1930).
A classe média e o proletariado que vinha crescendo no país, desde o aumento da industrialização brasileira, principalmente a partir do período da Primeira Guerra Mundial, não participava da vida política, ou melhor, não tinha vez. A partir da década de 1920 os jovens oficiais (tenentes e capitães) exigiam o fim da corrupção, do clientelismo e da dominação das oligarquias (ver Cap. 77).
Foi no governo de Artur Bernardes (1922-1926) que aconteceram agitações e revoltas do movimento dos tenentes (O tenentismo), com a ideologia de “salvadores da pátria” e afirmando que a população era “despreparada e inculta” para governar.

As revoltas tenentistas
- 18 do Forte: Em 1922 o jornal carioca “Correio da Manhã” recebeu cartas ofensivas ao exército e ao marechal Hermes da Fonseca, com assinatura de Artur Bernardes (depois foi descoberto que eram cartas falsificada).
O Clube Militar (órgão representativo dos oficiais do exército) organizaram uma oposição a Bernardes, e este mandou fechar o Clube. A guarnição do forte de Copacabana (RJ) revoltou-se e pedia a renúncia de Bernardes, ameaçando bombardear a cidade. Tropas do exército a serviço do governo cercaram o Forte e fez com que os amotinados se rendessem, porém 18 oficiais (segundo os jornais da época) saíram marchando na praia enfrentando as tropas legalistas (do governo [poder legal]), neste confronto somente 2 sobreviveram.

- Coluna Prestes: Em 1924 eclodiram rebeliões tenentistas em vários pontos do país, chamando atenção principalmente SP e RS.
Os tenentes paulistas tomaram a cidade de São Paulo durante 23 dias, mas foram obrigados a fugir quando as tropas legalistas bombardearam os quartéis. Os revoltosos se dirigiram para Foz do Iguaçu.
Os tenentes gaúchos se sublevaram nos quartéis de Santo Ângelo, São Borja, Uruguaiana e Alegrete. Sob pressão das tropas legalistas, os revoltosos se reuniram em São Luiz Gonzaga, sob a liderança de Luís Carlos Prestes, e marcharam rumo a Foz do Iguaçu, onde se juntaram aos tenentes paulistas. Em 1925 estava formada a Coluna Prestes que percorreu 25mil Km pelo interior do Brasil lutando contra tropas legalistas e promovendo a crítica à Bernardes e pedindo sua renúncia.

Crise do Café
Na década de 1920 o principal lucro do Brasil provinha do café. Em 1926 o Brasil produzia 3 de cada 5 sacas de café consumidos no mundo. Os altos preços estimulavam a produção, ao mesmo tempo que geravam superprodução. Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929, as exportações diminuíram , o preço caiu, o crédito externo foi suspenso e as dívidas externas deveriam ser pagas. Os produtores pediram ajuda a Washington Luís, mas este negou, e passou a sofre oposição.

Revolução de 1930
Do desentendimento entre paulistas e mineiros na indicação de um candidato a presidência, é que surgiu a ruptura da política Café-com-Leite. Os mineiros se aliaram aos paraibanos e ao gaúchos, e também ao Partido Democrático de São Paulo, que formaram a Aliança Liberal (AL), recebendo forte apoio da classe média e dos tenentes, e lançaram o gaúcho Getúlio Vargas à presidente e o paraibano João Pessoa (vice).
Em 1930 Luís Carlos Prestes rompeu com os tenentistas e se aproximou ao Partido Comunistas.
Nas eleições fraudulentas o candidato paulista (Júlio Prestes) foi eleito presidente, o que gerou revolta dos tenentes.
Em 1930 João Pessoa foi assassinado.
Indignados com os acontecimentos (derrota e assassinato) estoura uma revolta que derruba Washington Luís e entrega a presidência à Vargas (governo provisório).


Revolução Constitucionalista ( Revolução de 1932)

Vargas dissolveu o Congresso nacional e as Assembleias estaduais, suspendeu a Constituição. Nomeou interventores tenentes para governarem as províncias. Os fazendeiros paulistas, descontentes com o governo, reivindicavam a elaboração de uma nova Constituição e realização uma revolta, que foi sufocada pelos legalistas.
Em 1934 foi promulgada a nova Constituição do Brasil e elegeram Vargas para presidente com cargo de 4 anos (governo constitucional).

Intentona Comunista

Contexto: Enquanto o Brasil dava um passo democrático (com a nova constituição) o fascismo, o stalinismo e o nazismo ganhavam força na Europa e contribuíam para a crise democrática. Surgiu no Brasil o grupo dos integralistas (AIB – Ação Integralista Brasileira) de caráter fascista, e o grupo dos aliancistas (ANL – Aliança Nacional Libertadora) formado por socialistas, comunistas e tenentistas. O que foi? Em 1935 o governo ordenou o fechamento da ANL, então houve revolta em quartéis de Natal, Recife e Rio de Janeiro sob a liderança de Luís Carlos Prestes, pretendendo instalar um governo revolucionário. As tropas legalistas sufocaram o movimento. A partir daí Vargas passou a repreender qualquer suspeito de conspirar contra o governo.

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